sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trabalhadores apontam insegurança na construção civil em Manaus

 

Manaus - Nesse ano, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracomec) já registrou 40 acidentes de trabalho, sendo três fatais, nos canteiros de obras de Manaus. Durante todo o ano passado, foram mais de 200 acidentes, dos quais 17 resultaram em morte.
O vice presidente do Sintracomec, Cícero Custódio, afirma que a maior parte dos acidentes deve-se à falta de capacitação do trabalhador em segurança do trabalho. “Junto com o Ministério Público do Trabalho, estamos apertando o cerco contra as empresas que não prestam cursos de segurança do trabalho”, disse Custódio. Durante a entrevista, o presidente do Sintracomec recebeu a informação de que mais um trabalhador havia se acidentado gravemente em obra no bairro Cidade Nova.
De acordo com o Sindicato, há entre 25 mil e 30 mil trabalhadores com carteira assinada na capital do Amazonas, mas são mais de 60 mil atuando no mercado.  Entre os principais problemas encontrados nos canteiros de obra estão refeitórios inapropriados, atraso ou falta de pagamento dos salários e falta de segurança.
Com relação à qualificação, Custódio afirma que como as empresas não têm obrigação de qualificar os funcionários, o sindicato está cobrando do governo federal mais cursos de qualificação para o setor. Segundo ele, as empresas prestam basicamente cursos de montador nos canteiros, “uma função que exclui o carpinteiro e o pedreiro”.
Salários
No sábado, o Sintracomec vai realizar, às 11h, uma assembleia de início da campanha salarial de 2011. Os trabalhadores estão pedindo de 12% a 14% de reajuste salarial, além do plano de saúde e cesta básica.
Desde janeiro, o Sintracomec e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon) estão em negociação sobre os critérios para a cesta básica e vão iniciar as negociações do reajuste, que tem data base em 1º de junho.
Fonte: Beatriz Gomes .

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