A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não trabalha com a hipótese de atraso no cronograma de construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira (RO). Segundo o diretor-geral da agência, Nelson Hubner, a paralisação das obras, ocorrida nas duas usinas por conta dos tumultos num dos canteiros de obras de Jirau, no mês passado, não foi suficiente para provocar um atraso na data de entrada em operação dos empreendimentos, firmada nos contratos. "Não são 20 ou 30 dias que irão por em risco o cronograma. Agora, esta avaliação deve ser feita pelas empresas", disse Hubner.
Os consórcios responsáveis pela construção das usinas são obrigados a encaminhar à Aneel, a cada dois meses, um relatório sobre o andamento das obras. Segundo Hubner, até o momento nenhum dos grupos apresentou qualquer informação à Aneel sobre possíveis atrasos.
O consócio Energia Sustentável do Brasil, responsável pela usina de Jirau, vinha trabalhando em ritmo acelerado para que a usina começasse a gerar energia um ano antes da data firmada com o governo. Até o mês passado, a expectativa do consórcio era começar a operação em março de 2012, enquanto o contrato com o governo estabelece a obrigação de início de geração a partir de 2013. A antecipação do cronograma permitiria ao consórcio obter uma receita extra de R$ 1,2 bilhão.
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