quinta-feira, 19 de maio de 2011

Construção Civil: casa feita com concreto PVC chega à Bahia



É uma casa muito engraçada... Mas essa não só tem teto com telhas romanas e piso de porcelanato. A grande diferença  de uma residência convencional fica por conta do material que compõe a estrutura do imóvel: concreto PVC, aquele tipo de plástico usado em tubos e conexões para a parte hidráulica das construções. Com uma redução de até 30 dias no tempo de obra e zero de desperdício de material, a nova tecnologia está prestes a ser usada para fazer casas populares no estado.
Ontem, representantes da petroquímica Braskem e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente  inauguraram a primeira obra sustentável do estado. O imóvel servirá como um anexo do escritório do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que fica em Monte Serrat, na Cidade Baixa. 
No que depender dos idealizadores do projeto, esta será a primeira de outras 300 unidades residenciais a serem construídas no prazo de um ano na Bahia. A ideia é que os imóveis - casas e edifícios de até quatro andares - sejam destinados a famílias da classes C, D e E, que se enquadrem no programa Minha Casa, Minha Vida.

Casa feita de concreto PVC no Inema pode servir de modelo para residências populares no estado
“Já iniciamos a conversa com o governo do estado para implementar essa tecnologia no programa de habitação popular”, relatou o assessor da diretoria industrial de vinílicos da Braskem, Jorge Bastos. 
O secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Splenger, disse que o governo está disposto a incentivar o uso de tecnologias alternativas e acredita que muito em breve o mercado poderá absorver esse tipo de material. “Estamos abertos a alternativas como essas, que possam contribuir, também, com a sustentabilidade da obra”. De acordo com ele, o órgão vai se reunir posteriormente com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur) para avaliar e discutir o uso do novo material.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção na Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Roberto Vieira Lima, acredita que o mercado também está aberto a absorver o novo modelo de construção sustentável. “Quem não estiver disposto a usar, vai acabar sendo obrigado”. Isso porque, de acordo com ele, o modelo que utiliza o concreto PVC demanda menos profissionais para trabalhar nos canteiros. “Como o mercado sofre com a escassez de trabalhadores qualificados, as grandes empresas terão que migrar para uma alternativa mais viável”.
Custo A desvantagem da utilização do concreto PVC na construção civil é o custo. Segundo Jorge Bastos, o material encarece até 20% a obra. Enquanto o preço do metro quadrado em uma construção convencional custaria R$ 1 mil, com a tecnologia de PVC, ele sairia por R$ 1,2 mil.
Entretanto, ele acredita que o preço maior na fase de obra compensa depois que o imóvel fica pronto. “O gasto com manutenção é quase zero. As paredes não precisam ser pintadas, basta lavar com água e sabão. Sem contar que tem uma garantia de coloração de 30 anos, além de ser imune a cupins, mofo, fungos e corrosão”.
Carlos Roberto Vieira Lima também não acredita que o custo seria um empecilho para a implantação da técnica em construções baianas. “Não creio que empresários deixem de investir por conta disso, principalmente os que constroem em grande escala”.
Saiba mais sobre o concreto PVCA tecnologia do Concreto PVC é uma nova maneira de construir que utiliza perfis (placas) leves  e modulares de plástico PVC, de simples encaixe, preenchidos com concreto e aço. A estrutura tem alta resistência e tem garantia de 30 anos para coloração. No INEMA, foi construído um espaço de 43 metros quadrados que utilizou cerca de 73 metros quadrados de perfil, 14 metros cúbicos de concreto armado e 900 quilos de PVC, sendo que destes, 90% são resina de alta performance. A obra foi executada em apenas 10 dias sem perda de material.
VantagensImunidade Não dá cupins, mofo e nem fungos
Praticidade Para limpar, basta usar água e sabão
Conforto Tem isolamento térmico e acústico
DesvantagemCusto É cerca de 20% mais caro que obras convencionais


Fonte:Victor Albuquerque | Redação CORREIO

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