quinta-feira, 19 de maio de 2011

Portugueses contra construção de central nuclear em Portugal






Intitulado "A Energia em Portugal", o estudo da Associação Portuguesa  de Energia (APE) foi feito com recurso a inquéritos elaborado por uma empresa  de estudos de mercado, e mostra que os 30 por cento de consumidores particulares  que concordam com a construção de uma central nuclear em Portugal apontam  como principal vantagem a produção de energia mais barata. 
O estudo é divulgado dois meses depois do desastre nuclear na central  de Fukushima, no Japão. 
Em Espanha, a pouco mais de 100 quilómetros da fronteira com Portugal,  está localizada a central nuclear espanhola de Almaraz. 
No que respeita aos combustíveis derivados de petróleo, é possível constatar  uma alteração no comportamento dos consumidores face a 2006, ano em que  a APE fez a primeira edição do estudo. 
Assim, nos últimos anos "passou a ser o preço, e não a localização,  a principal condicionante na escolha dos postos de abastecimento pelos particulares  e do fornecedor de combustíveis pelas empresas". 
A incorporação de biocombustíveis é ainda pouco conhecida entre consumidores,  no que respeita à sua inclusão no gasóleo rodoviário.  
No entanto, "cerca de 28 por cento dos consumidores particulares estão  dispostos a pagar mais por litro de gasóleo, consoante o maior teor de biocombustíveis  incorporado. Destes, mais de 70 por cento estão dispostos a pagar um acréscimo  até cinco por cento". 
Entre as empresas, cerca de 34 por cento pagariam mais por litro de  gasóleo consoante o maior teor de biocombustíveis incorporado. Destas, mais  de 87 por cento estariam mesmo disponíveis a pagar uma subida até cinco  por cento. 
De acordo com estudo, "quase 70 por cento das empresas refere a inexistência  de rede de gás natural como o principal motivo para a utilização de GPL".
Existindo rede, "a principal razão para as empresas não terem contrato  de gás natural prende-se com os elevados custos de instalação", lê-se no  documento. 
Também os consumidores particulares apontam os elevados custos de instalação  como o principal motivo para não terem contrato de gás natural. 
No âmbito da mobilidade elétrica, cerca de 31 por cento dos consumidores  particulares estão dispostos a pagar mais para a aquisição de um veículo  elétrico, sendo que destes cerca de 60 por cento aceitariam a pagar até  cinco por cento a mais. 
A maioria dos consumidores considera também a possibilidade de adquirir  um veículo elétrico nos próximos dois a três anos. 
 Sobre a possibilidade de fazer uma mudança de fornecedor de eletricidade  ou gás, cerca de 60 por cento dos consumidores particulares mostraram-se  recetivos ou muito recetivos. 
 Nas empresas, cerca de 44 por cento já mudaram de fornecedor de energia  elétrica, maioritariamente da indústria, e cerca de 14 por cento trocaram  de fornecedor de gás. 


Fonte:http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2011/05/19/portugueses-contra-construcao-de-central-nuclear-em-portugal

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