terça-feira, 3 de maio de 2011

Construtora Hestia capacita mulheres para atuar no canteiro de obras

Em vez de presilhas e tiaras, capacete. No lugar de vestido e salto alto, calça jeans e botina. As mulheres trocam a vaidade pelo serviço pesado, trabalhando lado-a-lado com os homens no canteiro de obras do Creta, edifício residencial em implantação pela Hestia Construções e Empreendimentos, em Curitiba. Desde abril deste ano, a empresa desenvolve um projeto-piloto para capacitar as profissionais interessadas em atuar na construção civil.
“A inserção das mulheres é, sem dúvida, uma excelente alternativa para a escassez de mão-de-obra qualificada no setor. Mas a finalidade maior do projeto é criar oportunidade. Não tem porque elas deixarem de ocupar este segmento. Esta restrição era muito mais uma questão cultural”, destaca o diretor-presidente da Hestia, Gustavo Selig.
O gerente de Recursos Humanos da Hestia, Danilo Riekel, conta que o treinamento tem um ano de duração. Inicialmente, as mulheres estão sendo ambientadas no canteiro de obras e conhecendo as etapas de construção. Em seguida, vão acompanhar os profissionais para a execução dos serviços, com supervisão do engenheiro e do mestre-de-obras do empreendimento, a fim de identificar as aptidões de cada candidata.
“A nossa intenção é formá-las para área de acabamento fino, pois, as mulheres são mais minuciosas, cuidadosas e detalhistas. Mas se elas tiverem o perfil para a função de pedreiro, por exemplo, vamos formar este profissional, inclusive buscando parcerias com as entidades de classe para ofertar cursos de aperfeiçoamento”, explica Riekel.
O gerente de Recursos Humanos revela que, para a recepção das funcionárias, foram realizadas adaptações no canteiro de obras. “Foi construído um vestiário separado paras as mulheres. Cuidou-se para fazê-lo fechado, onde apenas elas têm acesso às chaves da porta”, diz. Além disso, a empresa promoveu encontro com a equipe que trabalha no empreendimento explicando sobre a mudança e dando orientações sobre as novas normas de convivência.
Das 23 mulheres inscritas, apenas duas foram escolhidas para participar do projeto, em caráter experimental. “Mesmo em treinamento, elas estão contratadas para a função de ajudante de obra”, informa Riekel. Janaína Mendes e Rosélia das Graças Rodrigues, de 38 anos, já estão com a mão na massa.

Fonte:http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=notas&id=32217

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