terça-feira, 3 de maio de 2011

M. Dias Branco vai produzir cimento e concreto no NE

O grupo M. Dias Branco, líder nacional na fabricação e venda de biscoitos e massas alimentícias, pretende construir três fábricas de cimento no Nordeste. Uma delas na Chapada do Apodi. “Há 99% de chances da fábrica ficar no lado do Ceará”, afirma Adalto Farias, presidente da Cimento Apodi, e representante do Grupo. “Já há duas fábricas de cimento no Rio Grande do Norte (que não são do grupo). O mercado também é muito bem abastecido por fábricas de Pernambuco e Paraíba”, justifica. Para o RN, é prevista, por enquanto, apenas uma fábrica de concreto, que pode ser inaugurada em Natal ainda este ano. O valor a ser investido na unidade, que deve empregar até 50 pessoas, ainda não foi levantado. O cimento, uma das matérias-primas do concreto, pode ser comprado no RN ou ser proveniente das fábricas de cimento do grupo instaladas, num primeiro momento, fora do Estado.

No RN, o grupo é dono do Grande Moinho Potiguar, localizado na avenida Duque de Caxias, na Ribeira
No RN, o grupo é dono do Grande Moinho Potiguar, localizado na avenida Duque de Caxias, na Ribeira
alex régis




O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mossoró, Nilson Brasil, planeja agendar um encontro com a direção do grupo.  “Sabemos que o grupo quer construir várias unidades no Nordeste. Estamos vendo a possibilidade de Mossoró receber uma delas, afinal, o município reúne toda a matéria-prima necessária”, afirma. Apesar de não estar nos planos do Grupo, a possibilidade de construir uma fábrica de cimento em Mossoró não foi descartada. “O M. Dias Branco estuda várias possibilidades. Não vamos dizer que não pensamos em Mossoró. O grupo é muito capitalizado e ainda está definindo os locais onde instalará as fábricas”, afirma Adalto Farias, presidente do Cimento Apodi.

A proposta, segundo Nilson, se formalizada, casaria perfeitamente com os planos da Prefeitura, que deseja transformar  Mossoró num pólo cimenteiro. Atualmente, duas fábricas de cimento estão em funcionamento no município. Uma delas, a Mizu, que tinha participação de 51% do grupo Votorantim e agora está sob controle da Cimentos Mizu, ainda está em fase de testes. Uma terceira está em fase de licenciamento ambiental.  “Sabemos que antes de investir, eles fazem um trabalho silencioso. Depois, anunciam o investimento”, afirma, referindo aos possíveis novos investidores.

Há mais de 50 anos no ramo alimentício, a M. Dias Branco S.A Indústria e Comércio de Alimentos atua nos segmentos de moagem de trigo, refino de óleo, gorduras, margarinas e cremes vegetais. O grupo, que comanda 10 indústrias alimentícias e 24 centros de distribuição, dois deles no Rio Grande do Norte, está presente em todo o País. Adalto não se mostra preocupado com a nova empreitada. “Somos grandes varejistas. Conhecemos o varejo muito bem. Estamos apenas vendendo um produto diferente: o cimento. Temos, inclusive, um porto em Salvador, muito mais diferente do que uma indústria”, afirma Adalto. Segundo ele, os investimentos, cujo valor ainda está sendo levantado, não foram motivados por nenhuma questão pontual, como construção do Aeroporto de São Gonçalo ou Copa 2014.

No RN, o grupo é dono do Grande Moinho Potiguar, localizado na avenida Duque de Caxias, na Ribeira - projeto que centraliza um moinho de trigo, uma fábrica de massas de alta capacidade de produção e um terminal de recebimento de grãos a granel. O M. Dias Branco gera mais de 9 mil empregos diretos no País, conforme informações fornecidas pelo site.

Empregos

Juntas, as três fábricas de cimento em Mossoró (incluindo a que está em processo de licenciamento) vão gerar cerca de 2 mil empregos diretos. Só a Mizu, funcionando de forma experimental há 30 dias, vai gerar cerca de 1.050 empregos diretos.
 Fonte:Andrielle Mendes - repórter de Economia Tribuna do Norte

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