segunda-feira, 30 de maio de 2011

Copel fecha acordo para hidrelétrica de Baixo Iguaçu

A Copel já tem acertado com a Neoenergia um acordo que 
lhe assegura uma participação de 30% na hidrelétrica 
Baixo Iguaçu (PR), cujas obras não tiveram início 
por conta de problemas  ambientais. "As condições
 básicas para o nosso ingresso em Baixo Iguaçu estão
 em discussão, mas temos acertado uma 
participação de 30%, com a possibilidade de 
ampliar para um pouco mais", disse o presidente
 da Copel, Lindolfo Zimmer, em evento promovido 
pela Apimec- SP. 


De acordo com o executivo, a provável entrada da 
Copel no empreendimento agrega o grande conhecimento 
da companhia sobre o Rio Iguaçu, onde a estatal já 
desenvolveu uma série de estudos sobre o potencial
 energético. Além disso, Zimmer citou que a 
interlocução institucional entre os agentes 
envolvidos na hidrelétrica também é facilitada com a 
presença da estatal. "Para essa usina sair, é preciso a 
licença ambiental, e isso depende do Instituto Ambiental 
do Paraná (IAP). Nunca iríamos pressionar o IAP para 
liberar as licenças, mas a nossa presença no 
empreendimento torna mais simples o processo 
de interlocução institucional", justificou 




Leiloada em 2008 pelo governo federal, o projeto da
 usina Baixo Iguaçu, com uma capacidade instalada 
de 350 MW, enfrenta questionamentos judiciais do 
Ministério Público Federal no Paraná, além de enfrentar 
dificuldades no processo de licenciamento ambiental no IAP.
 Uma das principais críticas à hidrelétrica é a de que 
provocará graves impactos ambientais ao parque nacional do Iguaçu,
 argumento que a Neoenergia refuta. Por conta desse impasse, 
o contrato de concessão da usina, que deveria entrar 
em operação comercial em janeiro de 2013, 
ainda não foi assinado entre o empreendedor e a Aneel. 




Além da Copel, outra empresa que pode ingressar no projeto
 é a estatal federal Eletrosul, que poderia deter até 19% de 
participação na usina. Curiosamente, Copel e Eletrosul 
oram sócias no leilão para disputar a concessão da hidrelétrica - na época, 
o ex-governador do Paraná Roberto Requião culpou à Eletrosul pela 
derrota na licitação. "A Eletrosul é uma parceira nossa de longo prazo. 
Prova disso é de que somos sócios na usina Mauá", lembrou Zimmer. 




Apesar do interesse de ingressar em Baixo Iguaçu, Zimmer deixou 
claro que a Copel só entrará no projeto se a taxa de retorno 
da usina for compatível com o almejado pela companhia.
 Como a estatal já opera outras usinas no Rio Iguaçu, 
o executivo vislumbrou potenciais ganhos de sinergia na 
operação e manutenção conjunta dos empreendimentos.
 "A operação de Baixo Iguaçu pode ser feita a partir 
da usina José Richa, também no Rio Iguaçu. Isso traria 
uma melhora de 8% na rentabilidade do projeto", revelou. 




Zimmer admitiu que o prazo atual de entrada em operação 
do empreendimento terá que ser revisto. Faltando pouco 
mais de um ano e meio para janeiro de 2013, é improvável 
que a usina entre em funcionamento na data prevista no
 leilão de 2008.



Fonte: Bonde economia

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