segunda-feira, 16 de maio de 2011

Entrega da ponte sobre o Rio Negro atrasa pela 3ª vez

 

Governador Omar Aziz anuncia que obra, cujo primeiro prazo era março de 2010, agora será inaugurada em outubro


Viaduto projetado deveria facilitar o acesso à ponte sobre o rio Negro
Ponte sobre o Rio Negro (Arquivo AC)


Atrasa pela terceira vez a data de entrega da ponte sobre o rio Negro. Na última sexta-feira, o governador Omar Aziz (PMN) prometeu inaugurar a obra só em outubro.
O anuncio foi dado em Manacapuru durante a distribuição de notebooks para os professores do município. A previsão inicial de conclusão da obra, iniciada em dezembro de 2007, na gestão do ex-governador e hoje senador Eduardo Braga (PMDB), era março de 2010.
Acompanhado da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), do deputado federal Pauderney Avelino (DEM), do prefeito Angelus Figueira (PV) e dos deputados  Abdala Fraxe (PTN), Wanderley Dallas (PMDB), Orlando Cidade (PTN) e Francisco Souza (PMDB), Omar falou sobre as cobranças de conclusão da ponte.
“Todo mundo tem uma receita pronta. Mas é preciso ter a mão boa para preparar o bolo. Vou inaugurar a ponte em outubro”, declarou o governador.
A promessa de entrega da obra, que já está com mais de um ano de atraso em relação ao cronograma de origem, ocorreu no ginásio coberto do Serviço Social do Comércio (Sesc), no bairro Aparecida.
No evento, Omar entregou 549 lap tops para os professores da rede municipal de ensino. O projeto  faz parte do programa “Professor na Era Digital”, que vai atender 20 mil educadores no interior.
É a primeira vez que o governador declara, em público, quando pretende inaugurar a ponte que vai permitir a travessia de Manaus para a vila de Cacau Pirera, em Iranduba (a 25 km de Manaus). E interliga, por estrada, a Manaus, Iranduba, Manacapuru (a 84 km) e Novo Airão (a 115 km).
Na última terça-feira, o secretário-geral da Região Metropolitana de Manaus (RMM), René Levy, manteve a previsão de concluir a maior parte do empreendimento até agosto.
Nessa estimativa, estão incluídos a complementação dos acessos na margem de Iranduba, a iluminação do tabuleiro e as defensas dos pilares do vão central.
As obras da ponte foram contratadas inicialmente com o consórcio Rio Negro, formado pelas empresas Camargo Correa e Construbase, por R$ 574,8 milhões. O contrato previa a estrutura da ponte e as vias de acesso.
Com o custo dos sistemas de proteção dos pilares e de iluminação, os reajustes contratuais e o gerenciamento, o projeto está em R$ 1,66 bilhão.
Parte do contrato com a Camargo Correa foi cedida à construtora Etam pelo valor de R$ 68,2 milhões referente às estradas da cabeceira da ponte. Aditivo de R$ 17 milhões inflou os serviços para R$ 85,3 milhões.
O contrato do consórcio Rio Negro recebeu aditivo de R$ 60,27%. Saltou de R$ 506,5 milhões para 811,8 milhões.
  
Aduelas e sistema protetor
O içamento das quatro últimas aduelas que vão completar o tabuleiro da ponte começou na última sexta-feira. Uma delas já foi fixada.
Segundo o secretário da Região Metropolitana de Manaus (RMM), René Levy, essa parte dos serviços deve ser concluída esta semana.
René Levy informou que o processo de pavimentação de um trecho de 900 metros de pista na cabeceira da ponte na margem de Iranduba está em andamento. Esse trabalho deve ser realizado até junho. Toda a pista de acesso vai receber nova camada de asfalto.
A respeito das defensas dos pilares por onde vão passar as embarcações, Levy informou que o aditivo de redução do valor da obra em R$ 22,2 milhões foi assinado na semana que passou e vai ser publicado no Diário Oficial. O projeto é composto de 12 balsas metálicas que serão ancoradas em frente aos pilares para protegê-los do choque de barcos.
O prazo de execução do contrato, que foi assinado com o estaleiro  Erin no último dia 4 de abril, encerra em 29 de novembro. O projeto original previa 14 balsas. Duas foram eliminadas para reduzir despesa. O valor total passou de  R$ 89,1 milhões para aproximadamente R$ 66 milhões.
O sistema de proteção é um item de segurança exigido pela Marinha do Brasil. De acordo com René Levy, as quatro defensas do vão central serão instaladas até agosto.
  
Sistema de iluminação pendente
Uma das etapas da ponte ainda pendente, o sistema de iluminação, ainda não teve concluído o processo licitatório. No último dia 6, a Comissão Geral de Licitação (CGL) desclassificou a proposta do único concorrente, o consórcio rio Negro, por divergência de dados técnicos.
Foi dado prazo de oito dias para o consórcio, que é formado pelas empresas Citeluz, Engeform e FM Rodrigues, regularizar a situação. Além do consórcio participou da primeira fase do processo a empresa Socrel, que foi considerada inabilitada.
Fazem parte do projeto a iluminação do tabuleiro e da estrada que leva da obra até a rodovia Manuel Urbano que mede 5,6 km. Além da parte  decorativa do vão central, que vai possibilitar a alternância de cores nos cabos em datas comemorativas.
O prazo de execução, a partir da emissão da ordem de serviço, é 150 dias diretos. O contrato terá vigência de 180 dias. O sistema custará cerca de R$ 14 milhões. O  consórcio Rio Negro propôs R$ 14,2 milhões.
A proposta foi desclassificada por problemas na  planilha orçamentária. Primeiro vai ser colocada a iluminação do tabuleiro, segundo o cronograma da obra. Esse  serviço deve demorar três meses. Previsto para o dia 3 de março, a licitação só ocorreu no dia 26 de abril.
Vários prazos na construção
A data original de entrega da ponte sobre o Rio Negro era março de 2010. Essa foi a data fixada no contrato com o consórcio Rio Negro.
A ponte e os acessos viários seriam feitos em 825 dias corridos. A entrega foi adiada para novembro de 2010. Depois, passou para agosto de 2011.
Agora o governador Omar Aziz anunciou a inauguração em outubro próximo.

Fonte:Aristide Furtado

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