quarta-feira, 15 de junho de 2011

Peru escolhe melhor forma de construir hidrelétrica

OAS, Eletrobras e Furnas estavam se preparando para construir a maior hidrelétrica do país, mas as comunidades locais e indígenas reclamaram, dizendo que não foram consultadas e que seriam afetadas pela obra. O governo, então, suspendeu a licença e disse que, primeiro, vai fazer uma consulta às comunidades.
Essas empresas já tinham investido US$ 22 milhões no projeto, mas o processo de licitação deve recomeçar do zero, segundo matéria de hoje do jornal “Valor Econômico”. Onde aconteceu isso? No Brasil, não, no Peru.
O presidente Alan García decidiu desse jeito a respeito da construção da hidrelétrica de Inambari, a maior obra do país, orçada em US$ 4,9 bilhões. O consórcio formado pelas empresas brasileiras já tinha uma licença temporária, mas a população reclamou, foi ouvida, e a obra, suspensa pelo governo, que alegou cumprir uma legislação da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
É bem diferente do que acontece aqui. Em situações semelhantes, decidiu-se tudo a ferro e fogo.
O Peru optou pela melhor forma de fazer, a mais democrática. Como a obra vai mexer com muita gente, alegar terras, é preciso que haja conciliação, não pode ser feita ignorando os protestos.
É assim que deveria ser feito sempre, sem passar por cima de todas as alegações. Aqui, houve protestos, no caso de Belo Monte. Cientistas, comunidades indígenas e ambientalistas foram ignorados, e a licença de instalação da obra foi dada mesmo assim. 


Fonte:CBN

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