quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Movimento Recriar o CREA – SP busca “cidadania profissional” para engenheiros


Profissionais da engenharia revelam insatisfação com atual gestão do CREA-SP

Para o desempenho profissional, o engenheiro recebe sólida formação científica e técnica, para suas atividades.
O mercado para engenheiros, arquitetos e agrônomos compõe-se das atividades de construção, indústria, agronomia e agricultura, que resulta na redução do “custo-Brasil” e aumento da velocidade dos deslocamentos de pessoas e produtos.
Os relatos vistos na imprensa brasileira que retratam um mercado extremamente aquecido para a construção civil também evidenciam a falta de planejamento do país que infelizmente não dá visibilidade e previsibilidade ao sistema produtivo e à sociedade, dos propósitos governamentais.
Os engenheiros necessários daqui a dez anos devem ser cogitados e estimulados agora, amparados em credibilidade suficiente para tomada de decisões de pessoas e empresas. A instabilidade e falta de previsibilidade de investimento afetam diretamente os profissionais e suas famílias.
Chama a atenção, em tese, a preocupação das autoridades do País em superar a deficiente infraestrutura para sediar a Copa do Mundo de 2014. Grandes empreendimentos estão previstos. Essa mesma falta de estrutura faz com que o alimento chegue mais caro na do brasileiro e com que os aeroportos continuem prestando serviços de má qualidade, bem como as cidades cresçam com precárias diretrizes de planejamento urbano.
Com o objetivo de fortalecer a profissão, um dos alicerces para o desenvolvimento econômico e social de qualquer nação, um grupo de engenheiros fundou o Movimento Recriar o CREA – SP. A profissão de engenheiro, outrora valorizada, carece de atitudes dos profissionais para voltar a exercer mais influência na sociedade e possibilitar condições para que eles mesmos possam servir melhor. Além da falta de representatividade do Conselho Regional, pois apenas 4% dos profissionais votam de um total de 420 mil no Estado de São Paulo, há questões a serem resolvidas:
- 38% dos formados não estão na profissão, o que significa que a cada dez engenheiros formados apenas quatro atuam na profissão. (Fonte: IPEA);
- é uma profissão que depende dos investimentos públicos e privados, fato este gerador de incertezas para os profissionais, que podem reduzir em média para 10 a 15 anos a vida útil da profissão;
- além disso, o CREA-SP poderia investir na atualização profissional necessária ao engenheiro o que lhe ajudaria a se manter no mercado;
- o CREA – SP poderia ser o articulador entre empresas privadas e as universidades para o investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias;
- o CREA-SP poderia se preocupar com a qualidade do ensino em Engenharia; O engenheiro bem formado aumenta a produtividade da economia;
- o valor da aposentadoria (INSS) média de um engenheiro na iniciativa privada beira os R$ 2 mil mensais. É inaceitável.
Neste sentido, o Movimento Recriar o CREA – SP acredita que os profissionais envolvidos (engenheiros, arquitetos e agrônomos) precisam exercer a cidadania profissional e atuar coletivamente em defesa da classe, ou seja de seus interesses.
No dia 08 de novembro de 2011 haverá eleições para o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e o CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de todos os estados. No estado de São Paulo, a participação dos profissionais nas eleições tem sido de 15 mil (4%) no universo de 420 mil possíveis votantes.
“O CREA pode influenciar no investimento em infraestrutura, tornando o cenário profissional mais promissor ao engenheiro brasileiro. Sobra emprego e falta engenheiro na fase atual, mas em passado recente, era o contrário, de sorte que muitos profissionais ao longo da vida optaram por outra a profissão, seguindo novos rumos para manter suas famílas”, revela o engenheiro Jomázio Avelar, idealizador e coordenador do Movimento Recriar o CREA-SP.
Jomázio Avelar é presidente da EngeCredSP – Cooperativa de Crédito para engenheiros, arquitetos e agrônomos de São Paulo e presidente da Evaldo Paes Barreto Engenharia Ltda, empresa com mais de 40 anos de mercado. Formado pela Escola Politécnica – USP, exerceu as funções de Diretor do Banco Politécnico e presidente do Grêmio Politécnico. 


Fonte: Assessoria de Imprensa zPress Comunicação Corporativa

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