sexta-feira, 8 de abril de 2011

Atingidas por barragens, Dilma diz que não fará "demagogia fácil" com movimentos sociais






(Foto: Roberto Stucker Filho/ PR)

São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que não fará "demagogia fácil", com os movimentos sociais, durante encontro com 450 mulheres do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB). O evento ocorreu nesta quinta-feira (7), no Palácio do Planalto. As ativistas entregaram uma carta com reivindicações que incluíam a suspensão imediata de obras de usinas hidrelétricas no rio Xingu, no Pará.
"Todo governo está atento às reivindicações. Não vou fazer a demagogia fácil de dizer que atenderemos tudo, mas vou fazer a promessa de que escutarei todas e farei todo o possível para aproximar o atendimento do 100%", disse Dilma.
Ela defendeu que o potencial hidrelétrico do Brasil é "uma das suas riquezas". "Agora, é também certo que não pode haver contradição entre o uso da energia hidrelétrica e o interesse das populações, tanto do ponto de vista das condições de trabalho como das questões ambientais”, ponderou a presidenta.
Líderes do MAB consideravam o encontro um momento histórico. "Além de fazermos a denúncia da violação dos direitos dos atingidos por barragens, pautaremos a criação de políticas específicas para as mulheres", declarou a coordenadora nacional do Movimento, Soniamara Maranho, antes do evento.
Além da paralisação das obras de hidrelétricas, a carta tinha, como pontos de reivindicação, a constituição de uma comissão formada por representantes do governo federal, de organizações sociais, do Ministério Público Federal e de universidades para debater a formulação de uma política energética popular e de uso da água.
Elas ainda pediam a inclusão de representantes da sociedade no Comitê Interministerial de Cadastramento Socioeconômico, responsável, entre outras tarefas, por apontar quais moradores têm direito a indenização em caso de desapropriação por reservatórios de barragens. Outro item da pauta é criar instrumentos, ligados ao sistema Eletrobrás, para criar uma política que defina regras e critérios no tratamento social das populações atingidas por barragens.

Fonte:Agência Brasil

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