terça-feira, 17 de maio de 2011

O que falta no Brasil, sobra na Espanha


Enquanto na Espanha há centenas de gruas estocadas aguardando obras, no Brasil, o setor de construção civil sofre com a falta desses equipamentos. Nos trópicos, a construção está bombando. Já no país ibérico está estagnada pela crise econômica. 
No Brasil, faltam trabalhadores, o que indica a necessidade de industrializar a construção. Na Espanha, sobram sistemas construtivos industrializados e o desemprego é crescente.

A brutal diferença de situação entre os dois países foi registrada pelo diretor do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon/SP), Maurício Bianchi, em sua palestra no primeiro dia da série de conferências sobre o setor de arquitetura e construção do Brasil, durante a feira Construmat, em Barcelona (Espanha).

O encontro foi aberto pelo presidente da Construmat, José Miarnau, que manifestou o interesse dos empresários espanhóis de construção em atuar em outros países como uma alternativa para driblar a crise. "Somos bons no que fazemos e a relação qualidade-preço de nossos produtos é excelente quando comparada a outros países da Europa", disse Miarnau.

As apresentações realizadas pelo Sinduscon/SP buscaram mostrar os canais de acesso ao mercado brasileiro, a exemplo do Compracon, sistema de compras coletivas mantido entre várias construtoras e fornecedores brasileiros e estrangeiros de materiais para a construção, que foi apresentado pelo seu diretor, Alexandre Luis de Oliveira.

Outra palestra, realizada pelo diretor de Relações Institucionais do Sinduscon/SP, Salvador Benevides, abordou a intensa atividade de relacionamento mantida pela entidade com construtores de vários países, em viagens para a China, África do Sul, Inglaterra, Panamá, Estados Unidos, entre outros.

Copa, Olimpíada e rodadas de negóciosAlém do auditório de apresentações, a área do International Meeting Point abrigava várias mesas de negociações entre fornecedores e construtores, não apenas da Espanha e Brasil, mas de países do Oriente Médio, Leste Europeu e os Estados Unidos.
Um dos pontos-chave para o interesse internacional pelo país são os grandes eventos esportivos, a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, tema das discussões da próxima quinta-feira (19), com palestras de representantes do governo do Rio do Janeiro e de diretores do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e Engenharia).

Amanhã, quarta-feira, as mesas serão ocupadas por representantes da construção civil do estado de Pernambuco, que falarão sobre o ciclo de crescimento do setor de construção em todo o Nordeste do Brasil

Fonte:Marcos de Sousa

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